Vou ligar menos para os comentários alheios sobre a minha aparência.
Vou me cobrar de um jeito mais gentil, mais moderado.
Tudo bem se, às vezes, parte do mundo que está nas minhas costas escorregar um pouco.
Tem dias em que vou ser o meu melhor.
Em outros, o meu pior.
Mas nunca o ideal de ninguém.
Vou me cuidar prezando pelo meu bem-estar e pela minha saúde.
Porque, para cuidar bem de quem amo, eu também preciso estar bem.
E, obviamente, também preciso ser cuidada (e mimada).
Espelho de aumento: só para pelos indesejados e limpeza de pele , nunca para procurar defeito.
Vou evitar ficar me olhando na luz desfavorecida do elevador.
Vou me afastar de quem insiste em me diminuir.
Se minhas bochechas não somem com dieta, vou esperar chegar nos 30 (talvez eu sinta falta delas)
Vou aprender a ver a beleza da minha idade (e talvez, paralisar um pouco ela com botox!)
Não vou deixar de ir a lugar nenhum só porque não fiz as unhas.
Vou apreciar meu presente e tudo de bom que tenho hoje.
Vou valorizar ainda mais minhas amizades de baixa manutenção.
Relacionamento é companheirismo e leveza , não posso me esquecer disso.
Se eu fizer algum procedimento, será para ser a minha melhor versão.
Nunca para parecer com um padrão que não é meu.
Vou valorizar mais a beleza do conforto e meus tênis.
Se o gosto da minha melhor amiga for diferente do meu, tudo certo.
Mas é o meu que vai prevalecer, afinal, quem vai usar sou eu.
Sem gentileza e educação, vou conhecer a verdadeira feiúra (E maquiagem nenhuma vai cobrir isso.)
Vou ver mais vezes aquela pessoa que eu passo um ano combinando.
E, toda vez, penso: por que eu demorei tanto?
Vou desacelerar alguns minutos para sentir aquela brisa gostosa num dia quente de verão.
O grande segredo da beleza atemporal é a maturidade que ela traz.
Certo ou errado, a gente precisa viver para aprender.
E, entre todas as dificuldades que vamos encontrar pelo caminho, se conseguirmos levar com mais leveza, vamos nos cobrar menos.
E, talvez, viver mais livres.